Por Klesty Andrada
•Dicionário Caldas AULETE – dúvida: “Incerteza, vacilação, hesitação da inteligência entre a afirmativa e a negativa de um fato, ou de um acerto, como verdadeiro”.
•Dicionário Sérgio XIMENES (Editora Ediouro, 2001) – dúvida: “1. Incerteza quanto à realidade de um fato ou a verdade de uma afirmação. 2. Desconfiança. 3. Suspeita.”
Este estudo é baseado no texto de Mateus 11: 2 – 3 cujo propósito é a análise do mesmo em duas diferentes traduções:
Mt. 11: 2 – 3. João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos a perguntar-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou devemos esperar outro? (João F. de Almeida, Edição Contemporânea).
Mt. 11: 2 – 3. João Batista estava na cadeia e, quando ouviu falar do que Cristo fazia, mandou que alguns dos seus discípulos fossem perguntar a ele: O senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro? (NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
O texto é claríssimo. A Hermenêutica e a Exegese não negam que João Batista duvidou do messianato de Jesus. Mesmo assim, há quem negue o óbvio, para isso, armam-se de flácidos argumentos cuja refutação fica a cargo do próprio texto. No exemplo a seguir, o Pr. Josivaldo Pereira (cristão) refuta um desses argumentos:
“Alguns intérpretes acham que não foi João Batista quem duvidou se Jesus era ou não era “aquele que estava para vir”, mas tão somente os discípulos dele (de João). Ele os enviou a Cristo a fim de que a dúvida deles fosse dissipada. Contudo, essa não parece ser uma interpretação segura. A afirmação de Jesus, “Ide e anunciai a João” (Mt 11.4), confirma que era realmente João quem tinha a dúvida [e quem precisava da resposta]. “ (Josivaldo F. Pereira,).
Entretanto, existem ainda muitas outras interpretações do texto que visam negar a explícita dúvida de João Batista. Mas vale ressaltar que, de modo geral, a maioria dos teólogos, em especial os mais qualificados, reconhecem que houve dúvida em João. O que se questiona é o que levou João Batista a duvidar de Jesus já que a dúvida é evidente.
Apreciemos outro comentário que visa justificar o motivo que teria levado João a duvidar de Jesus. Note que o Pr. Josivaldo Pereira admite que realmente houve dúvida em João Batista e, apenas, justifica o motivo da dúvida:
”Em que consistia a dúvida de João? Os judeus tinham a idéia de que o reino vindouro do Messias seria um reino militarista, nacionalista e materialista. Os judeus pensavam que quando o Messias chegasse haveria de firmar-se como um grande Monarca, o qual haveria de libertá-los de toda a sua escravidão, e que elevaria os judeus acima de todos os demais povos, através do que se tornariam eles a raça conquistadora e proeminente. O próprio João Batista parece ter-se apoiado nesse conceito quando enviou seus discípulos para fazerem a Jesus a referida pergunta. É como se ele tivesse mandado dizer: “Eu sei tudo sobre esses milagres que tu fazes, mas quando terá lugar aquele grande acontecimento? [ou seja, em outras palavras, quando farás as obras do verdadeiro messias?]. (Josivaldo F. Pereira).
Embora sem o meu, digamos, insignificante prestígio, convém informar que Josivaldo de França Pereira é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Bragança Paulista – SP. Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição – SP. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Associada do Ipiranga – SP. Mestre em Missiologia pela Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina-PR e Doutorando em Ministério pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper/Mackenzie – SP. É autor do livro Atos do Espírito Santo (Ed. Descoberta, 2002) e de vários ensaios e artigos bíblicos em jornais, revistas e Internet. E-mail: rev.p@ig.com.br. Seus comentários foram extraídos de seu artigo “A dúvida de João”: (http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/nt023.htm) em 30 de Julho de 2008.
Nas duas traduções do texto de Mateus fica claro que o autor do livro relata o momento em que João Batista manda seus discípulos fazerem uma pergunta a Jesus em seu nome, pois não tinha certeza se Jesus era ou não o Messias. Fica claro também que “os feitos de Cristo” ou “o que Cristo fazia” motivaram a dúvida de João e, por conseguinte, a pergunta.
Nessa narrativa, o autor alterna as expressões sempre que se refere a Jesus, algumas vezes ele o chama “Cristo” e outras vezes ele o chama “Jesus” (estas são apenas duas dentre outras formas as quais são utilizadas pelos evangelistas para se referir a Jesus, assim como: Salvador, Messias, Filho de Deus, etc…), mas desde o início (v.1) o autor deixa claro que o Cristo citado no texto é Jesus primo de João. Portanto, a expressão “os feitos de Cristo” não sugere outro Cristo que não seja o Jesus de sempre (tema central do evangelho). Não existem margens no texto para especulações de que o autor se referia a outro Cristo ao invés de Jesus. É inadmissível tamanha fantasia uma vez que no texto o autor cita o nome do Cristo em questão.
O texto deve ser lido e interpretado a partir da forma original, sem acréscimos mirabolantes ou desregrados. Nesse caso, a interpretação foge à realidade do texto por admitir uma situação a qual, se fosse aceita, transformaria um texto simples num texto dúbio e incoerente onde o autor falaria de dois Cristos diferentes no mesmo texto sem fazer clara distinção entre eles. Tamanha incoerência seria inaceitável. O teólogo que interpretasse assim só contribuiria ainda mais para a falta de credibilidade que a bíblia já tem. Porém, esse não é o caso.
Outro teólogo que não goza de minha admiração, mas que é referência no mundo, cujos livros são amplamente adotados em faculdades de teologia, em especial, o livro Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento é o comentarista Craig S. Keener. Keener é professor de Novo Testamento no Eastern Seminary, Philadelphia EUA; é também cristão devoto e admite a dúvida de João, veja o que ele diz quanto ao texto:
“Aqui, a atitude de João contrasta visivelmente com Mt. 3:14 [onde João reconhece Jesus como o Messias]… O mais provável é que João, como muitos de seus contemporâneos, fosse levado a pensar num condutor do Reino, ou real Messias, em lugar de um fazedor de milagres.” (Craig S. Keener, teólogo especialista em Novo testamento).
Keener, assim como o Dr. Josivaldo Pereira, admite a dúvida de João, pois ele diz que “… a atitude de João CONTRASTA VISIVELMENTE com Mt. 3:14…” onde João reconhece Jesus como Messias, ou seja, sua fé empalideceu porque certamente descobrira por intermédio de seus discípulos que o Messias de antes era apenas (como bem colocou Keener) um “fazedor de milagres”, daí a dúvida.
O prejuízo do ponto contraditório existe, não há dúvidas. Para Keener, a atitude de João “contrasta visivelmente”, ou seja, isso é realmente um ponto contraditório. Do mesmo modo, o Pr. Josivaldo Pereira, admite a visível e explicita dúvida de João Batista. Mesmo na visão de cristãos devidamente qualificados, a inesperada, contrastante e contraditória dúvida de João Batista existe.
Eu poderia continuar citando comentários de outros cristãos igualmente gabaritados que admitem a dúvida de João, mas não devo me ocupar disso, pois preencheria várias páginas com as tais citações sem necessidade e ainda correria o risco de ser deselegantemente redundante.
Mas um acréscimo é necessário: negar a explicita dúvida de João seria “suicídio” para maioria dos teólogos que fazem carreira e zelam por sua reputação. Por isso, esse tipo de ousadia desregrada e original não é comum, embora exista.
•Dicionário Caldas AULETE – dúvida: “Incerteza, vacilação, hesitação da inteligência entre a afirmativa e a negativa de um fato, ou de um acerto, como verdadeiro”.
•Dicionário Sérgio XIMENES (Editora Ediouro, 2001) – dúvida: “1. Incerteza quanto à realidade de um fato ou a verdade de uma afirmação. 2. Desconfiança. 3. Suspeita.”
Este estudo é baseado no texto de Mateus 11: 2 – 3 cujo propósito é a análise do mesmo em duas diferentes traduções:
Mt. 11: 2 – 3. João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos a perguntar-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou devemos esperar outro? (João F. de Almeida, Edição Contemporânea).
Mt. 11: 2 – 3. João Batista estava na cadeia e, quando ouviu falar do que Cristo fazia, mandou que alguns dos seus discípulos fossem perguntar a ele: O senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro? (NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
O texto é claríssimo. A Hermenêutica e a Exegese não negam que João Batista duvidou do messianato de Jesus. Mesmo assim, há quem negue o óbvio, para isso, armam-se de flácidos argumentos cuja refutação fica a cargo do próprio texto. No exemplo a seguir, o Pr. Josivaldo Pereira (cristão) refuta um desses argumentos:
“Alguns intérpretes acham que não foi João Batista quem duvidou se Jesus era ou não era “aquele que estava para vir”, mas tão somente os discípulos dele (de João). Ele os enviou a Cristo a fim de que a dúvida deles fosse dissipada. Contudo, essa não parece ser uma interpretação segura. A afirmação de Jesus, “Ide e anunciai a João” (Mt 11.4), confirma que era realmente João quem tinha a dúvida [e quem precisava da resposta]. “ (Josivaldo F. Pereira,).
Entretanto, existem ainda muitas outras interpretações do texto que visam negar a explícita dúvida de João Batista. Mas vale ressaltar que, de modo geral, a maioria dos teólogos, em especial os mais qualificados, reconhecem que houve dúvida em João. O que se questiona é o que levou João Batista a duvidar de Jesus já que a dúvida é evidente.
Apreciemos outro comentário que visa justificar o motivo que teria levado João a duvidar de Jesus. Note que o Pr. Josivaldo Pereira admite que realmente houve dúvida em João Batista e, apenas, justifica o motivo da dúvida:
”Em que consistia a dúvida de João? Os judeus tinham a idéia de que o reino vindouro do Messias seria um reino militarista, nacionalista e materialista. Os judeus pensavam que quando o Messias chegasse haveria de firmar-se como um grande Monarca, o qual haveria de libertá-los de toda a sua escravidão, e que elevaria os judeus acima de todos os demais povos, através do que se tornariam eles a raça conquistadora e proeminente. O próprio João Batista parece ter-se apoiado nesse conceito quando enviou seus discípulos para fazerem a Jesus a referida pergunta. É como se ele tivesse mandado dizer: “Eu sei tudo sobre esses milagres que tu fazes, mas quando terá lugar aquele grande acontecimento? [ou seja, em outras palavras, quando farás as obras do verdadeiro messias?]. (Josivaldo F. Pereira).
Embora sem o meu, digamos, insignificante prestígio, convém informar que Josivaldo de França Pereira é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Bragança Paulista – SP. Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição – SP. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Associada do Ipiranga – SP. Mestre em Missiologia pela Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina-PR e Doutorando em Ministério pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper/Mackenzie – SP. É autor do livro Atos do Espírito Santo (Ed. Descoberta, 2002) e de vários ensaios e artigos bíblicos em jornais, revistas e Internet. E-mail: rev.p@ig.com.br. Seus comentários foram extraídos de seu artigo “A dúvida de João”: (http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/nt023.htm) em 30 de Julho de 2008.
Nas duas traduções do texto de Mateus fica claro que o autor do livro relata o momento em que João Batista manda seus discípulos fazerem uma pergunta a Jesus em seu nome, pois não tinha certeza se Jesus era ou não o Messias. Fica claro também que “os feitos de Cristo” ou “o que Cristo fazia” motivaram a dúvida de João e, por conseguinte, a pergunta.
Nessa narrativa, o autor alterna as expressões sempre que se refere a Jesus, algumas vezes ele o chama “Cristo” e outras vezes ele o chama “Jesus” (estas são apenas duas dentre outras formas as quais são utilizadas pelos evangelistas para se referir a Jesus, assim como: Salvador, Messias, Filho de Deus, etc…), mas desde o início (v.1) o autor deixa claro que o Cristo citado no texto é Jesus primo de João. Portanto, a expressão “os feitos de Cristo” não sugere outro Cristo que não seja o Jesus de sempre (tema central do evangelho). Não existem margens no texto para especulações de que o autor se referia a outro Cristo ao invés de Jesus. É inadmissível tamanha fantasia uma vez que no texto o autor cita o nome do Cristo em questão.
O texto deve ser lido e interpretado a partir da forma original, sem acréscimos mirabolantes ou desregrados. Nesse caso, a interpretação foge à realidade do texto por admitir uma situação a qual, se fosse aceita, transformaria um texto simples num texto dúbio e incoerente onde o autor falaria de dois Cristos diferentes no mesmo texto sem fazer clara distinção entre eles. Tamanha incoerência seria inaceitável. O teólogo que interpretasse assim só contribuiria ainda mais para a falta de credibilidade que a bíblia já tem. Porém, esse não é o caso.
Outro teólogo que não goza de minha admiração, mas que é referência no mundo, cujos livros são amplamente adotados em faculdades de teologia, em especial, o livro Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento é o comentarista Craig S. Keener. Keener é professor de Novo Testamento no Eastern Seminary, Philadelphia EUA; é também cristão devoto e admite a dúvida de João, veja o que ele diz quanto ao texto:
“Aqui, a atitude de João contrasta visivelmente com Mt. 3:14 [onde João reconhece Jesus como o Messias]… O mais provável é que João, como muitos de seus contemporâneos, fosse levado a pensar num condutor do Reino, ou real Messias, em lugar de um fazedor de milagres.” (Craig S. Keener, teólogo especialista em Novo testamento).
Keener, assim como o Dr. Josivaldo Pereira, admite a dúvida de João, pois ele diz que “… a atitude de João CONTRASTA VISIVELMENTE com Mt. 3:14…” onde João reconhece Jesus como Messias, ou seja, sua fé empalideceu porque certamente descobrira por intermédio de seus discípulos que o Messias de antes era apenas (como bem colocou Keener) um “fazedor de milagres”, daí a dúvida.
O prejuízo do ponto contraditório existe, não há dúvidas. Para Keener, a atitude de João “contrasta visivelmente”, ou seja, isso é realmente um ponto contraditório. Do mesmo modo, o Pr. Josivaldo Pereira, admite a visível e explicita dúvida de João Batista. Mesmo na visão de cristãos devidamente qualificados, a inesperada, contrastante e contraditória dúvida de João Batista existe.
Eu poderia continuar citando comentários de outros cristãos igualmente gabaritados que admitem a dúvida de João, mas não devo me ocupar disso, pois preencheria várias páginas com as tais citações sem necessidade e ainda correria o risco de ser deselegantemente redundante.
Mas um acréscimo é necessário: negar a explicita dúvida de João seria “suicídio” para maioria dos teólogos que fazem carreira e zelam por sua reputação. Por isso, esse tipo de ousadia desregrada e original não é comum, embora exista.
11 comentários:
primeira parte
No que diz respeito ao gênero literário, os Evangelhos não devem ser considerados uma “biografia de Jesus”, mas, antes, uma coletânea de frases e episódios composta com fins didáticos para instruir os novos convertidos.
Como todos os que se atentam a criticar os Evangelhos ao microscópio sabem ou pelo menos deveriam considerar sua relevância substancial, Mateus e Marcos jamais escreveram um Evangelho. As obras que levam esses nomes foram redigidas quando essas figuras já estavam mortas, por autores desconhecidos.
“O objetivo desses textos era servir de modelo para que os primeiros cristãos soubessem como agir quando eles próprios fossem interrogados por sacerdotes ou pelos romanos”, diz Crossan, da Universidade de De Paul, nos Estados Unidos, um dos poucos bem gabaritados no assunto, em entrevista à revista Super Interessante.
Hoje, graças a História das formas, Histórias das tradições, História da redação, estudos esses amplamente aplicados à crítica textual, no direito processual e na historiografia,podemos examinar os textos bíblicos com mais precisão e menos imperícia. R.Latourelle(1973 e 1974), fornece à criteriologia uma terminologia acurada, distinguindo entre critérios fundamentais e derivados, interno e externos, entre critérios propriamente ditos e indícios, o que permite encaminhar-se com mais clareza e riqueza de instrumentos críticos, para a delineação dos fatos.
“Jurem dizer a verdade, e não mais que a verdade”. Esse é um juramento que nenhum historiador, segundo Mc Arthur, poderia fazer, e os evangelistas não são exceção, como também o observa o historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), ”...eles(os repórteres cristãos) consideram necessário fazer pequenos comentários ou destaques para melhor compreensão dos fatos e para adaptá-los aos próprios leitores”.
Para delinearmos o perfil desse judeu, necessário se faz que, antes, consideremos tudo o que é dito a seu respeito canonicamente falando sendo que, explícita e inquestionavelmente, esse é o fator que impele a terminante asseveração:”ATÉ João Batista duvidou de Jesus”. Ora, ninguém diria “ATÉ” Caifás, ou “ATÉ” o ladrão, ou “ATÉ” Herodes. Eles não tinham porque não duvidar. Acreditar ou não para eles era indiferente. O mesmo não ocorrera com Batista como o sugere o termo “ATÉ”, referindo-se a possível dúvida deste.
Segunda parte
Antes que comece a se consolidar o meu parecer no tocante à “dúvida de João Batista”, vale esclarecer basicamente que não defendo a Bíblia como sendo a Palavra de Deus, nem muito menos faço qualquer tipo de apologia a qualquer tipo de prática que seja ligada ao que é sagrado.
* O PERFIL DO MESSIAS ESPERADO PELO JUDEU JOÃO BATISTA
- Suas obras eram justamente o que demonstrava razoavelmente ser ele o Messias, segundo Jesus e ele mesmo (Mt 12:28; Jo3:2-3)
- Traria salvação a toda humanidade e não somente ao judeu como estes queriam (Lc 3:6)
- Juiz Divino (Mt 3:12; Jo15:6; Lc3:9)
-Já existia antes de nascer (Jo 1:27,30)
- Deus (Jô 1:18)
- Sacrifício de Deus (Jô 1:29)CCCC
- João só passou a lhe conhecer por revelação Divina ( Jo 1:31-34)
-João não tinha dúvida alguma quanto ao Messias (Mt 3:11, 13-14; Lc 1:76; 3:16; Jo 1:31-34;)
Ora, se é claro que segundo os Evangelhos, o Messias de Batista era e traria tudo isso; que segundo ele o Reino messiânico seria exatamente como o descreveu o próprio Jesus; que o Messias seria um emissário vindo do céu para ser sacrificado como cordeiro pascal para tirar os pecados do mundo; que diferente do judeu ortodoxo, João ouvia do próprio Deus quem ele era, quem era Jesus e em que consistiam seus ministérios; que os Evangelhos apresentam imprecisões ou contradições referente a datas, lugares, pessoas, palavras e acontecimentos, só me resta concluir que o(os) redatores de Mateus se equivocou.
Josivaldo Ferreira e Graig Keener são cristãos apologistas, motivo pelo qual preferem admitir a dúvida de Batista sem admitir um possível e provável “erro do autor” , porque este segundo, deixaria todas as histórias bíblicas à mercê de múltiplos equívocos dos autores, também, isto é, se as fontes de um, fôra equívoca, porque as outras também não foram? De onde agora fazer apologia se mesmo os “repórteres sacros” apresentam ou tratam com incerteza ou imprecisão seus registros?
Sempre concordei que João Batista pode ter duvidado, do mesmo jeito que sempre concordei que “toda fantasia pode ter sido real”(para os que contam a história, não para mim) , mas afirmo que ambas não podem ter lugar num mesmo quadro razoável, por mínimo que seja.
Apenas para simples didática e comparação análoga, imagine-se você, conversando com um fantasma que ainda na presença de muitas outras pessoas realiza algo sobrenatural e, após algum tempo, imagine-se agora duvidando da exist
ência de fantasmas e poderes supraterrenos. A menos que você e todos tenham ficado loucos, isso é improvável.
Se João duvidou, foi de Deus, que disse ser Jesus o Cristo! Mas como isso é muitissimamente pouco convincente, eu prefiro e, assim concluo, que as fontes de Mateus é que estão equivocadas.
Sr. Carlos Wanderson,
as pessoas interessadas em fazer apologética cética no Brasil têm o costume de citar seu pesquisador favorito (geralmente Crossan, ou Ludemann) e dizer “é isto que a pesquisa afirma”. Eles pensam que somente eles estão inteirados do universo da pesquisa.
P. ex., Keener, apesar de mais jovem, é um pesquisador tão gabaritado quanto Crossan, com obras importantes e muitos trabalhos. E ele argumentou cabalmente em “The Historical Jesus of Gospells” que os evangelhos se encaixam em diferentes gêneros da Bio antiga. Outros como N.T. Wright, James DG Dunn e bem Witherington também o fizeram. James Dunn, Kenneath Baley Samuel Byrskog, Dale C. Allison Jr., Scott McNight, Paul Johnson, Richard Bauckham, Martin Hengel, etc., já publicaram obras de peso contra a tese de que os evangelhos são colchas de retalhos costuradas de variantes derivadas de anônimos coletivos, Martin Hengel mesmo bateu colossalmente ( ah tá, provavelmente vai dizer “não vale porque são cristãos, ainda que de visões variadas”; isso não é argumento, é dizer que só tem respaldo então que advoga seu posicionamento. Se for assim, não precisa nunca haver discussão pública, é só cada um ficar com quem quer. Aliás, James Crossley – ateu – e David Flusser e Martin Goodman, judeus, entre outros não cristãos, também bateram muito nessa visão da antiga crítica bulltmaniana). E os dois últimos citados escreveram e Bauckham editou trabalhos que mostram que o alcance da audiência dos evangelhos era bem maior do que apenas a comunidade imediata.
Também, muitos já apresentaram a plausibilidade consistente da autoria marcana, como Bauckham, Martin Hengel, Robert H. Gundry, Craig S. Evans, Ben Witherington III e outros, com sim um intérprete de Pedro, apresentando argumentos quanto às alegações de múltiplas fontes neste evangelho.
No tocante à dúvida de João Batista, não vejo como isto serve de apologética para ninguém. Mas novamente você fora temerário. João teria duvidado devido ver a iminência de sua morte e não ver os sinais da iminência escatológica, do despontar do Juízo de Deus, com Jesus ainda. Leia David Flusser, James D.G.Dunn e Bruce Chilton, e não Superinteressante, para aprender sobre a experiência mística no batismo de Jesus; não há ali uma alegação cabal de Jesus como a figura escatológica final, mas como alguém através da qual ela finalmente chegaria – para a visão de João. Aliás, na circunstância de encarceramento e iminência de morte, e no desespero de então, é natural um questionamento, tal como o profeta Jeremias fazia muito a Deus – “ribeiro de águas ilusórias”. E a resposta de Jesus faz eco a expectativas messiânicas contemporâneas sobre os sinais dos “novos tempos”, até em paralelo com um manuscrito de Qumrã, onde se apresenta respondendo a João que as bênçãos escatológicas isaiânicas.
“mas afirmo que ambas não podem ter lugar num mesmo quadro razoável, por mínimo que seja. “
Afirma sem propriedade e conhecimento de causa. É evidente que seu conhecimento da vastidão do campo de pesquisas -se é que tem – é exíguo e não justifica esta postura sem humildade e até fanfarrona. Reveja isto. Quem nunca comeu melado, prova água com açúcar e se lambuza.
primeira parte
Presado “informadordeopinião”, agradeço de mareira incomensurável sua imparcial e científica colaboração para o crescimento gradual do meu exíguo conhecimento do amplo campo de pesquisas. Seus irefutáveis argumentos serão somados às inúmeras altercações que tenho recebido ao longo de todo o meu processo de amadurecimento intelectual, de pessoas que, acertadamente, você acharia bem menos esclarecidas que você.
Sua mente deve ser mesmo brilhante, pois o Cristianismo e suas histórias são bem mais simples pra você do que para outros grandes teólogos e pesquisadores dentre os quais cristãos como Santo Agostinho e o Dr. Lobegott Friedrich Konstantin Von Tischendorf . Estes por sua vez, afirmaram:
“... existiam muitas coisas verdadeiras na religião cristã que não era conveniente para o vulgar [pessoa comum] saber, e algumas coisas eram falsas, mas era conveniente para o vulgar acreditar nelas.”(Santo Agostinho)
“[o Novo Testamento tinha] sofrido modificações tão sérias de significado em muitas passagens que nos deixava em incerteza dolorosa em relação ao que os Apóstolos tinham de fato escrito” (Friedrich Konstantin Von Tischendorf ).
Outros, em tentativa desesperada de explicar o inexplicável, recorrem àquilo que sempre serviu como conveniente explicação inclusive para as inúmeras e embromáticas coincidências e contradicões neo-testamentérias: o Diabo. Como exemplo, posso citar ninguém menos que Justino Mártir, um dos primeiros filósofos e historiadores cristãos, que disse:
“Quando nós (cristãos) dizemos que, Jesus Cristo, nosso mestre, foi produzido sem união sexual, morreu e ressuscitou e ascendeu aos céus, nós não propomos nada de muito diferente do de aqueles que propõem e acreditam tal como nós, nos filhos de Júpiter.”
Porém, eis a sua solução para o problema:
”Para além de tudo o que sabemos, o diabo era quem mandava nessas ideias.”
Isto é, o Diabo teve a maliciosa e engenhosa ideia de se antecipar a Jesus e seu Cristianismo para confundir as mentes. Acho que não é necessário tecer qualquer comentário quanto a esse absurdo, alienado e original blefe cristão!...
segunda parte
Realmente você está correto quando diz que nós de mente cética pensamos que apenas nós estamos interessados no universo da pesquisa – isso pelo menos de maneira fiel e honesta ante aos moldes rigidamente racionais , não ilusórios. Mulher que engravida de um espírito, seres humanóides alados, sombras que curam, bem como outros absurdos para o homem moderno arrazoar a respeito, são coisas concernentes ao Novo Testamento que - concordando com seu diagnóstico – estão fora da minha capacidade de explorá-las. Dizem respeito à fé.
Bultmann dizia que os fatos históricos quanto a Jesus eram irrelevantes, pois o que valia mesmo era o Cristo da fé e nosso encontro pessoal com ele, mesmo que este Cristo seja o Cristo emergido das lendas e mitos criados pelos cristãos primitivos. Ainda: “Creio que não podemos saber quase nada acerca da vida e personalidade de Jesus, já que as fontes cristãs primitivas não se interessam por isso, sendo fragmentadas e lendárias, e não existem outras fontes acerca de Jesus”. Portanto, quando eu disse outrora que os repórteres sacros pretendiam (e assim fizeram) adaptar as histórias sobre Jesus aos leitores e/ou ouvintes, eu somente estava reproduzindo, quase 100 anos depois, o que um dos maiores teólogos cristãos do último século - se não o maior – já dizia em sua dialética em History of the Synoptic Tradition (História da tradição dos Sinóticos), escrito em 1921.
Sobre a possível dúvida de João batista, é imprescindível observar que até você não tem certeza se este duvidou propriamente dito ou não e exterioriza isso quando, de maneira temerária, diz:
“João teria duvidado devido ver a iminência de sua morte e não ver os sinais da iminência escatológica, do despontar do Juízo de Deus, com Jesus ainda”.
Afinal, João TERIA duvidado devido ver a iminência... ou DUVIDOU devido ver a iminência...? Pressupor o motivo que – aí sim – teria levado João a duvidar do messianato de Jesus filho de Maria, não me fornece absolutamente nada.
Não vejo sinceramente necessidade alguma de me discorrer mais a respeito deste assunto, aliás, eu não me via mais discutindo em linhas como esta! Já outros temas aos quais você faz menção em sua missiva, considero um comentário, inapropriado para respondê-las ou comentá-las. Elas serão tema e objeto em breve aqui neste endereço. No demais para um breve comentário sobre sua profunda missiva está a presente de bom tamanho. Só espero não ter sido simples demais para uma mente tão brilhante como a sua.
Quanto a ter-me classificado como um “fanfarrão”, eu somente tenho a dizer que não é menos que lamentável para mim ver um homem tão intelectual introduzindo o ridículo num debate em cujo o seu intento como bom cristão anglicano – algo que espero que seja um dia mas que ainda não o é – deveria ser o de ganhar o indivíduo para o seu Cristo sem formalidades nem ortodoxia (aprenda isto com a generalidade do Apóstolo Paulo aquele que tanto fez pela mensagem da cruz e que é tão importante para vocês cristãos). Seus irmãos mais instruídos sentiriam vergonha dessa sua postura hostil e anti-cristã.
Prezado sr., não agradeço, mas lamento você não ter aprendido a lição. Na verdade, parece que sua resposta foi simplesmente atirar por atirar, sem conseguir nem ao menos tocar de tangente o conteúdo próprio da questão, mas com citações sem referências de autores e obras que nunca leu.
Parece mais algo como resposta de adolescentes que ficam no fundão de sala atirando papel nas pessoas. Ficou patente que entrou no tópico sem ter noção alguma dos estudos históricos das origens cristãs e Novo Testamento, mas apenas um afã de trollar tudo para fazer panfletagem fundamentalista cética.
Algumas referências de notório saber no campo da crítica textual que respaldam a transmissão dos escritos neotestamentários:
- METZGER, Bruce. The New Testament: Its Background, Growth and Content (2003)
• The Canon of the New Testament: Its Origin, Development, and Significance (1997)
- WALLACE, Daniel B. The Majority Text Theory: History, Methods, and Critique,” in a Festschrift for Bruce M. Metzger entitled, The Text of the New Testament in Contemporary Research: Essays on the Status Quaestionis, in Studies and Documents, volume 46 (1994)
• “Inspiration, Preservation, and New Testament Textual Criticism,” in New Testament Essays in Honor of Homer A. Kent, Jr.
- HURTADO, Larry. The Earliest Christian Artifacts: Manuscripts and Christian Origins. (2006)
////Realmente você está correto quando diz que nós de mente cética pensamos que apenas nós estamos interessados no universo da pesquisa – isso pelo menos de maneira fiel e honesta ante aos moldes rigidamente racionais , não ilusórios.////
O problema é que nenhuma pessoa madura iria entrar num debate para ficar soltando jargões de animar torcida só porque lhe trazem gozo, mas que não passam disso: afirmações gratuitas. O que é gratuitamente afirmado, pode ser gratuitamente negado.
/// estão fora da minha capacidade de explorá-las. Dizem respeito à fé.///
Lamento por ter então a integralidade mente atrofiada. Ainda bem que confessa.
/// Bultmann dizia que os fatos históricos quanto a Jesus eram irrelevantes////
E há muito tempo este seu diagnóstico está superado no campo das pesquisas, desde seus discípulos como Erns Kasemann, até mesmo por estudiosos minimalistas como Bruce L. Mack e Robert Funk.
O Prof. James H. Charlesworth escreveu em „Jesus e o Judaísmo”:
"Durante anos citei com aprovação o que já não posso endossar. Refiro-me à seguinte citação do livro de Rudolf Bultmann Jesus and the Word:
'Eu penso que agora quase nada podemos saber sobre a vida e a personalidade de Jesus, já que as primeiras fontes cristãs não mostram interesse em qualquer das duas e que não existem outras fontes sobre Jesus' (p. 14).
... A compreensão que Bultmann tem das fontes cristãs, a saber, a tradição subjacente à redação dos Evangelhos, é muito diferente da minha própria. Difiro de Bultmann não só em conclusão, mas também em metodologia" (pp. 146s).
A questão é que você não tem imersão mínima na questão, mas cita de sites de apologética cética achando que isso lhe ajuda.
////Afinal, João TERIA duvidado devido ver a iminência... ou DUVIDOU devido ver a iminência...? Pressupor o motivo que – aí sim – teria levado João a duvidar do messianato de Jesus filho de Maria, não me fornece absolutamente nada.///
Em debates com preocupação acadêmica, usamos uma tonalidade diferentes de adolescentes de pátio de escola - ainda mais em disciplinas que não têm como fazer o Teste de Tukey. Daí o “teria”.
E quanto ao motivo, bem, então se pra você é irrelevante, não deveria ter entrado neste assunto só pra descarregar seus problemas emocionais com o cristianismo.
/// Seus irmãos mais instruídos sentiriam vergonha dessa sua postura hostil e anti-cristã.///
Não, minha intenção aqui não fora proselitista; mas de esclarecimentos a respeito do tratamento leviano e fanfarrão que foi dado a um assunto de campo de pesquisas humanístico. E se me permito uma digressão, é apontar a tristeza de você não ter sido capaz de ficar mais humilde após isto.
Prezado informadordeopniao
Será mesmo que a realidade dos apologistas céticos de citarem um pesquisador qualquer que possua sua mesma linhagem de raciocínio se justifica pelo fato de acreditarem que “...somente eles [os pesquisadores] estão inteirados do universo da pesquisa.”? É lógico que não. Eles citam os pesquisadores apenas por conveniência, assim como os citam os que fazem apologia ao credo, como você.
Céticos não depositam cegamente sua confiança em outros homens com a facilidade com a qual os simpatizantes do credo costumam depositar. É muito mais sensato e honesto afirmar que os que fazem apologia cética citam seus pesquisadores apenas pra reforçar seus argumentos já que lhes são convenientes, não por eles acreditarem que APENAS seus pesquisadores são donos da verdade. No meio acadêmico não costumamos afirmar algo que não podemos provar.
Quanto a "autoria marcana", seria muito interessante se o sr. apresentasse aos leitores do blog quais os fatores que a justifica, pois só assim poderíamos esquadrinhar o que há de tão plausível e consistente nas propostas de Bauckham, Hengel ou Gundry. Citá-los sem pôr em evidência os argumentos torna teu discurso vago e flutuante. "O que é gratuitamente afirmado, pode ser gratuitamente negado.", lembra?
Enquanto o argumento não vem, adianto que os autores dos quatro evangelhos são todos anônimos, como também afirma Bart D. Ehrman (chefe do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Corolina do Norte. Uma autoridade nos estudos da igreja primitiva e da vida de Jesus) em Evangelhos Perdidos (2008, pág. 339), pois todos são escritos na terceira pessoa sobre Jesus e seus companheiros. Em nenhum dos quatro evangelhos contém uma narrativa na primeira pessoa ("Um dia, quando Jesus e eu fomos a Cafarnaum...") ou declara ser escrito por uma testemunha ocular ou por um companheiro de uma testemunha ocular. Não existem evidências de valor científico no evangelho que nos permita afirmar que foi Marcos quem o escreveu e, se existe, favor apresentá-las.
Então, porque chamamos Matheus, Marcos, Lucas e João? Segundo Ehrman, os cristãos proto-ortodoxos reconheceram a necessidade de dar autoridade apostólica aos evangelhos, por isso, atribuíram esses livros aos apóstolos Mateus e João como também aos companheiros próximos dos apóstolos, Marcos (secretário de Pedro) e a Lucas (companheiro de viagem de Paulo).
Ehrman afirma com a propriedade de ter desenvolvido uma sólida carreira como especialista em Cristianismos antigos (com o respaldo da Library Journal) que "... a maioria dos estudiosos hoje abandonou essas identificações e reconhece que os livros foram escritos por cristãos desconhecidos, mas relativamente bem educados e versados em grego, durante a segunda metade do século I."
Mas é claro que o sr. tem todo o direito de discordar das metodologias de Ehrman e de outros estudiosos, mas ficará com a obrigação de apresentar os supostos argumentos plausíveis e consistentes da autoria marcana para nossa apreciação.
Quanto a João Batista, não estamos falando de qualquer personagem bíblico, mas do profeta messiânico de maior relevância para os cristãos! Ele estava convicto do messianato de Jesus mesmo antes do batismo “mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar” e teve o privilégio de presenciar todo o evento do batismo:
1. João reconhecera Jesus como Messias assim que o vira se aproximar do rio Jordão e o batizou;
2. João viu com seus próprios olhos (não em sonho) o espírito santo descer sobre Jesus em forma de uma pomba;
3. João ouviu a voz do próprio Deus que dizia “este é meu filho amado em quem me comprazo”. (Mt. 3: 13-17)
Ora, ele não precisava de fé pra acreditar nesse evento, a final, ele provou desse acontecimento, ele viu e ouviu tudo que aconteceu ali, aquilo era fato! Não havia espaço para dúvidas.
Como pôde João Batista duvidar do que ele viu e ouviu naquele dia apenas porque foi preso? Sim é natural duvidar quando o que está em jogo é a fé do encarcerado, mas não é o caso de João, pois "A FÉ É O FIRME FUNDAMENTO DAS COISAS QUE SE ESPERAM E A PROVA DAS QUE SE NÃO VÊEM" (Hebreus 11:1). Os acontecimentos do batismo não era algo que ele esperava ou que estava por vir, ele participou, e não era algo que ele não via, pois ele viu e ouviu. Não tem espaço para fé aqui.
O assunto não serve como apologética para ninguém? bom... no mínimo, sugere que João Batista morreu incrédulo já que morreu logo depois sem dar mostras alguma de credulidade.
Mas ainda existe o argumento frágil que defende que os acontecimentos do batismo não foram reais e que a Exegese correta revela uma interpretação diferente da que sugerimos aqui. Qual é a fronteira entre o que é real e o que é simbólico (místico) no texto, quais os critérios? Qual exegeta pode traduzir os acontecimentos do batismo sem comprometer ainda mais a credibilidade da bíblia? Se houver, se interpretamos errado o texto assim como os teólogos que defendem que tudo aquilo foi real, favor apresentar a exegese correta para que possamos debater a questão.
Outro fato que chama a atenção de quem ler seus comentários é a facilidade que o sr. tem de dizer coisas que não pode afirmar:
1 - "... Eles pensam que somente eles estão inteirados do universo da pesquisa."
==> Como pôde concluir isto? A menos que o sr. leia pensamentos, isso é inadmissível no ambiente acadêmico.
2 - "... mas com citações sem referências de autores e obras que nunca leu."
==> Ora, quanta presunção! Parece até que sabe do passado das pessoas... Aqui sim há falta de humildade...
3 - "... Ficou patente que entrou no tópico sem ter noção alguma dos estudos históricos das origens cristãs e Novo Testamento..."
==> Sinceramente, não vi nada da sua parte que mostre conhecimento dos estudos históricos e das origens cristãs e Novo Testamento, podemos, então, dizer o mesmo do senhor.
4 - "Lamento por ter então a integralidade mente atrofiada. Ainda bem que confessa."
==> Que agressão! Parece que por falta de argumentos o sr. está baixando o nível do debate e atacando a pessoa e não o argumento.
5- "A questão é que você não tem imersão mínima na questão, mas cita de sites de apologética cética achando que isso lhe ajuda."
==> Quais foram os sites? Ou seria mais um bleff seu?
6 -"não deveria ter entrado neste assunto só pra descarregar seus problemas emocionais com o cristianismo."
==> Problemas emocionais? Fala sério...
Senhor informadordeopiniao, de maneira alguma queremos ofender alguém com o tema deste tópico, embora tenha ficado claro para mim que o sr. se ofendeu com os comentários do sr. Carlos Wanderson ao ponto de classificá-lo como "fanfarrão", de ter a "mente atrofiada" (ambas, palavras agressivas) sem justificativa alguma. Confesso que li várias vezes o comentário dele a procura de uma ofensa, mas nada encontrei que pudesse justificar sua atitude. Atitude essa que viola a regra 3 do blog (vide regras abaixo).
Essa atitude só revelou um homem fraco que, uma vez acuado e sem argumentos, leva para o lado pessoal. Não vamos permitir que isso aconteça outra vez, mas o convido para um debate honesto, racional e baseado no respeito.
depois
depois de tudo que joão viu e ouviu do próprio Deus se duvidasse morreria na incredulidade e todo o projeto de Deus fracassado ,pois como creria em recado de discípulos.por outro lado também seria uma grande contradição o maior entre os homens,um super homem,como afirmou Cristo a respeito de joão,duvidar,já que era cheio do espírito santo desde o ventre.
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