por Klesty Andrada
O tema é polêmico e, sem duvida, não era pra menos. Vivemos num país onde há muito o que se fazer na saúde, na educação, na segurança pública e na economia que, agora, já se apresenta de forma diferente no cenário internacional. Milhares de brasileiros estão desempregados e outros milhares abaixo da linha da pobreza.
O tema é polêmico e, sem duvida, não era pra menos. Vivemos num país onde há muito o que se fazer na saúde, na educação, na segurança pública e na economia que, agora, já se apresenta de forma diferente no cenário internacional. Milhares de brasileiros estão desempregados e outros milhares abaixo da linha da pobreza.
Entretanto, esse cenário não é
encontrado apenas no Brasil, todos os países emergentes possuem cenários
semelhantes ao nosso. Ainda hoje, países de primeiro mundo, como os Estados
Unidos, ainda apresentam problemas sérios na saúde pública dentre outros
problemas sociais e econômicos, ou seja, esses problemas atingem até os países
desenvolvidos.
A questão é seguinte, será que países
emergentes não deveriam sediar eventos esportivos de abrangência mundial? Será
que a realização das copas do mundo só deveria ficar alternando entre países como
os Estados Unidos, Japão e China, por exemplo?
Se fosse assim, estaríamos nos
lamentado porque a copa do mundo só estaria sendo realizada em países desenvolvidos
e haveria críticas severas sobre o caso. Mas como o evento é bem democrático e a
escolha do país sede do evento e feita por sorteio, achamos outros motivos para
fazer nossas críticas.
Se o evento vai trazer algo de
ruim para nosso país, certamente as vantagens serão maiores. Todas as melhorias
de infraestrutura realizadas nos terminais aeroportuários e rodoviários, por
exemplo, ficarão a disposição da população brasileira que, por sua vez, se
beneficiará das obras da copa do mundo. Além disso, empregos diretos e
indiretos serão uma das conseqüências benéficas desse grande evento que, dentre
outros benefícios, aquecerá a economia do nosso país. Um país com a economia
aquecida fatura mais e terá mais dinheiro para investimentos na educação e na
saúde, por exemplo.
Os críticos questionam os
investimentos que o governo federal fez para tornar realidade a copa do mundo
no Brasil. Mas até os economistas mais pessimistas entendem que haverá um
retorno financeiro bem maior que o investimento inicial, os economistas discordam
apenas quanto a valores e prazo de retorno.
Há quem diga que o dinheiro que o
governo investiu daria para construir n números de hospitais e y números
de escolas, é verdade? Claro que sim, mas não é assim que a “banda toca”.
Se o governo tem um determinado
valor que poderia ser investido na construção de hospital, por exemplo, ele
deve calcular se, após a construção do hospital, ele terá condições de comprar
todo o equipamento necessário para o tal hospital, além disso, se haverá
condições de fazer concursos públicos para contratar médicos, enfermeiros,
técnicos, serviçais, cozinheiros e ainda arcar com todas as despesas que aquele
hospital vai gerar que vão de medicamentos à cirurgias, etc...
Então não é tão simples, se o
governo investisse na construção de tantos hospitais, será que ele teria
condições de manter os hospitais funcionando corretamente? Sabemos que os
hospitais existentes já funcionam muitas vezes de forma precária, como então construir
outros tantos hospitais e mantê-los funcionando? Há solução para o problema,
sim há, mas não é tão simples, se fosse simples já teríamos resolvido! Governo
e oposição já tiveram a oportunidade de ter o país nas mãos, no entanto, o
problema continua.
Por isso, o investimento do
governo para realização da Copa do Mundo 2014, visa um retorno que virá em
forma de dinheiro e benefícios para as cidades que sediarão os jogos da copa.
Não estou defendendo o governo
federal, até porque sei que muitos oportunistas se beneficiarão com o dinheiro
dos investimentos por falta de uma fiscalização mais séria e responsável, mas
também sei que qualquer país emergente no lugar do Brasil, faria os mesmos
investimentos visando os retornos positivos.
Políticos desonestos existem em
outros países também, mas não podemos deixar de sediar grandes eventos
por causa deles, devemos é aumentar a fiscalização do dinheiro público e ter
uma lei mais severa para punir os políticos corruptos que iremos encontrar pela
frente.
Quanto ao atraso das obras, algo
que não deveria acontecer, a África do Sul também permitiu que houvesse atraso
na entrega das obras, mesmo assim, realizou um belíssimo evento.
Manifestantes exigindo o voto direto |
Do mesmo modo, quando a FIFA
anunciou que o Brasil foi o sorteado para sediar a copa de 2014, todo mundo
ficou feliz, afinal de contas, a Copa do Mundo de futebol seria realizada no “país
do futebol”! Mas hoje, vemos pessoas indo às ruas contra a realização do
evento...
O brasileiro é confuso mesmo, mas
isso é por falta de conhecimento ou porque se deixa levar pelo sentimento de
revolta que nos aflige quando vemos alguma injustiça, só que nem sempre isso
trás algo de positivo. Protestos violentos contra a copa do mundo é apenas uma forma de atrapalhar
o governo e fazer com que o Brasil seja lembrado para sempre por ter realizado
uma copa do mundo marcada pela violência e pela desorganização. Com certeza
isso seria pior do que não realizar a copa.
Se o brasileiro é contra a
realização da Copa do Mundo, não era nem para termos participado do sorteio da
FIFA, não acham?
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