Em defesa protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), o
deputado Marco Feliciano (PSC-SP) saiu da defesa e partiu para o ataque. O
parlamentar, que responde pelo crime de estelionato, voltou a afirmar que
“paira sobre os africanos uma maldição divina”. O presidente da Comissão de
Direitos Humanos tentou justificar sua fala desatacando que atrelou seu mandato
à sua crença religiosa. Lembrando que, além de político, Feliciano é pastor da
igreja evangélica Assembleia de Deus, do ministério Catedral do Avivamento.
“Citando a Bíblia (…), africanos descendem de Cão (ou Cam),
filho de Noé. E, como cristãos, cremos em bênçãos e, portanto, não podemos
ignorar as maldições”, afirmou, na peça protocolada em seu nome pelo advogado
Rafael Novaes da Silva no STF no último dia 21. O parlamentar diz que não é
homofóbico e racista. Reafirma, porém, que sua visão sobre os povos africanos é
meramente fruto de sua religião.